30.4.10

Desaparece, por favor

Tu estavas lá. Mesmo a minha frente. Tu percebeste que estava mal. Tu estava a olhar para mim. Tu conheceste-me tão bem ao ponto de poder saber que estava prestes a desabar.

Comecei a chorar.
Eu desci as escadas, eu passei mesmo ao teu lado. Eu consegui sentir o teu novo perfume. E quando estava do outro lado, eu vi ! Eu vi que tu olhaste para mim, eu tenho a certeza. Tenho a certeza que viste as lágrimas que caiam pelo meu rosto. O antigo tique de mexer no cabelo quando choro. Tu viste tudo isso. Todos os teus amigos, olharam, fixaram, todos eles me viram. Como é possível não me teres visto? Não teres feito nada? Nem sequer vacilaste! Tu nem pestanejaste ! Por momentos, naquele cubículo, eu acreditei que irias fazer alguma coisa, ou chamar a Marta, como muitas vezes fizeste, porque não sabias como reagir.

Eu limpei as lágrimas.

Voltei a fazer o mesmo caminho. A subir aquelas escadas, até que fui obrigada a parar. Eu parei a tua frente. Mesmo a tua frente. Eu olhei directamente para ti. Eu pedi ajuda como dantes fazia. E tu mudaste a música no mp4 e calmamente viraste a cara. Insensível. Cabrão. Finalmente fui subindo as escadas e, um por um, todos os teus amigos voltaram a olhar, mas tu não! Porque? Porque? Esqueceste o que é amar?

Quero que saias da minha vida, já ! 

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